A revista americana Forbes divulgou nesta quarta-feira sua famosa lista anual de bilionários. A relação é liderada pelo mexicano Carlos Slim, com fortuna estimada em US$ 69 bilhões, ou cerca de R$ 117 bilhões. O atual ranking da Forbes reúne 1.226 bilionários, 16 a mais que no ano passado – a primeira lista do tipo, publicada pela revista há 25 anos, tinha somente 140 nomes.
Slim, que encabeça a lista pelo terceiro ano consecutivo, construiu seu imperio na área das telecomunicações, mas nos últimos anos adquiriu participações em centenas de companhias fora do México, como a varejista Saks, a gigante do tabaco Philip Morris, o jornal The New York Times e o fundo de investimentos BlackRock.
A cifra é suficiente para manter o empresário como maior magnata do planeta, bem a frente do segundo colocado, Bill Gates (US$ 61 bilhões), e do terceiro, Warren Buffett (US$ 44 bilhões). Mas a fortuna de Slim é também US$ 5 bilhões menor do que aquela divulgada em março de 2011, na última lista da Forbes, calculada em US$ 74 bilhões.
Entre os destaques negativos de seus negócios no último ano, está a multa de US$ 1 bilhão aplicada à América Móvil, em abril, por práticas monopolistas. As ações da empresa, que representa metade da fortuna de Slim, perderam valor de mercado ao longo do ano. A América Móvil está recorrendo judicialmente da penalidade.
No ano passado, Slim havia aumentado sua fortuna em US$ 20,5 bilhões em relação a 2010. Na ocasião, ele aumentou a diferença para os outros bilionários da lista, em parte porque Gates e Buffett doaram boa parte de suas fortunas para a caridade. Embora o mexicano tenha se envolvido em iniciativas de redução da pobreza e incentivo à educação e aos esportes, ele nunca declarou planos de doar uma grande parte de seus recursos, como Gates e Buffett.
Mas o homem mais rico do mundo não se deslumbra com a riqueza e mantém um estilo de vida sem ostentação, de acordo com declarações de pessoas próximas a ele. "Slim vive na mesma casa há mais de três décadas, veste o mesmo tipo de roupa, consome alimentos de seus restaurantes, faz as mesmas brincadeiras e conserva seu apego à família", detalhou uma fonte consultada pela agência Efe, que preferiu manter anonimato.
Slim insiste em minimizar a importância de sua fortuna e assegura que sua vida não mudou na última década. Outra fonte garantiu à Efe que Slim é inimigo da ostentação e da extravagância, é informal, trabalha com uma camisa de manga curta e é a antítese dos magnatas que posam para as revistas da alta sociedade. "Nunca usa joias ostentosas nem objetos de luxo, às vezes usa um relógio Cartier das versões mais simples e paga suas compras com cheques pessoais", afirmou seu principal biógrafo, José Martínez.
Mais seis brasileiros
O primeiro brasileiro na lista da Forbes é o empresário Eike Batista, com US$ 30 bilhões. Apesar de ter mantido a mesma fortuna do ano passado, o brasileiro subiu uma posição no ranking, sendo agora o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes.
O primeiro brasileiro na lista da Forbes é o empresário Eike Batista, com US$ 30 bilhões. Apesar de ter mantido a mesma fortuna do ano passado, o brasileiro subiu uma posição no ranking, sendo agora o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes.
Eike virou magnata após convencer investidores a aplicar em seus projetos de mineração, petróleo, logística, energia e outros, através das empresas do grupo EBX. Além de ex-marido de Luma de Oliveira, é filho do ex-presidente da Vale, Eliezer Batista.
A lista desse ano tem 36 brasileiros, seis a mais que na edição anterior.
Há 25 anos a forbes publica uma lista dos homens mais ricos do mundo.
Veja a lista dos 10 mais ricos:
1. Carlos Slim Helu (México)
US$ 69 bilhões
US$ 69 bilhões
2. Bill Gates (EUA)
US$ 61 bilhões
US$ 61 bilhões
3. Warren Buffett (EUA)
US$ 44 bilhões
US$ 44 bilhões
4. Bernard Arnault (França)
US$ 41 bilhões
US$ 41 bilhões
5. Amancio Ortega (Espanha)
US$ 37,5 bilhões
US$ 37,5 bilhões
6. Larry Ellison (EUA)
US$ 36 bilhões
US$ 36 bilhões
7. Eike Batista (Brasil)
US$ 30 bilhões
US$ 30 bilhões
8. Stefan Persson (Suécia)
US$ 26 bilhões
US$ 26 bilhões
9. Li Ka-shing (Hong Kong)
US$ 25,5 bilhões
US$ 25,5 bilhões
10. Karl Albrecht (Alemanha)
US$ 25,4 bilhões
US$ 25,4 bilhões
(*Com Reuters e Efe)
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