Tecnologia reconhece automóveis, caminhões e motos por meio de um chip introduzido no parabrisa do veículo
O Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), criado pelo governo federal para identificar eletronicamente automóveis, caminhões e motos por meio de chips, deve começar a ser implantado em julho no País, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No entanto, no Ceará, como em alguns outros Estados do Brasil, o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) ainda não sabe como deve introduzir esta tecnologia.
O objetivo do projeto é facilitar a fiscalização nas vias e possibilitar a implantação de vários serviços, além de organizar o trânsito nas grandes cidades.
A resolução 212 foi lançada em 2006 com a pretensão de instalar os equipamentos em todos os veículos do País até 2009, mas acabou esquecido após questionamentos técnicos e críticas do Congresso Nacional, que acusava o governo de criar um "big brother" que acabaria invadindo a privacidade dos proprietários de automóveis.
O chip será instalado no parabrisa do veículo. Nas avenidas, serão colocadas antenas em pontos estratégicos, como em junções de pistas. Ao passar por eles, o equipamento capta as informações, que são armazenadas num banco de dados e usadas por diversos órgãos.
De acordo com o superintendente do Detran-CE, João Pupo, um dos motivos para o projeto ainda não ter sido implantado, no Ceará, são as grandes barreiras burocráticas. "O problema é que o Denatran não deixou claro o que quer com esse novo sistema e nem qual a tecnologia que será utilizada", afirma.
Ele comentou que, em caso de roubos ou outros problemas, vai ser muito bom que a população tenha o Siniav em seu carro, pois ajudará na solução da eventualidade. "Mas a tecnologia usada no chip é aberta ou fechada? Quem vai determinar o preço? É importante que todos saibam essas respostas", avalia.
Para o superintendente, o Denatran ainda precisa conversar mais com os Detrans de todo o Brasil para tornar as questões claras e também saber qual a estratégia para implantação do sistema nas cidades. "Acho os chips uma ótima iniciativa. Mas é preciso saber o custo de todo esse projeto e se a sociedade aprova todas essas mudanças", ressalta Pupo.
Além disso, ele chamou atenção para o fato de que o Departamento Nacional ainda não definiu se são os veículos novos, antigos ou os dois que vão utilizar os chips. "Se for mais uma obrigação para a qual todo mundo se prepara, mas, no outro dia, todos já esqueceram, não vai valer de nada", afirmou João Pupo.
Para o psicólogo especialista em Psicologia do Trânsito, Wagner Paiva, como um sistema de segurança, o Siniav é muito importante, principalmente nas grandes capitais. "Todos os dias, vemos relatos de furtos de veículos. Por isso, esse equipamento poderá ajudar em relação a esse problema", avalia.
No entanto, ele ressalta que é necessário que seja averiguado se essa questão não está infringindo algum direito individual dos cidadãos brasileiros.
"Ao saber que estão sendo monitoradas, é possível que as pessoas, em seu consciente e inconsciente, fiquem mais vigilantes em relação ao seu comportamento. Com isso, o número de infrações poderá diminuir", acrescentou Paiva.
THIAGO ROCHAESPECIAL PARA CIDADE
O Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), criado pelo governo federal para identificar eletronicamente automóveis, caminhões e motos por meio de chips, deve começar a ser implantado em julho no País, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No entanto, no Ceará, como em alguns outros Estados do Brasil, o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) ainda não sabe como deve introduzir esta tecnologia.
O objetivo do projeto é facilitar a fiscalização nas vias e possibilitar a implantação de vários serviços, além de organizar o trânsito nas grandes cidades.
A resolução 212 foi lançada em 2006 com a pretensão de instalar os equipamentos em todos os veículos do País até 2009, mas acabou esquecido após questionamentos técnicos e críticas do Congresso Nacional, que acusava o governo de criar um "big brother" que acabaria invadindo a privacidade dos proprietários de automóveis.
O chip será instalado no parabrisa do veículo. Nas avenidas, serão colocadas antenas em pontos estratégicos, como em junções de pistas. Ao passar por eles, o equipamento capta as informações, que são armazenadas num banco de dados e usadas por diversos órgãos.
De acordo com o superintendente do Detran-CE, João Pupo, um dos motivos para o projeto ainda não ter sido implantado, no Ceará, são as grandes barreiras burocráticas. "O problema é que o Denatran não deixou claro o que quer com esse novo sistema e nem qual a tecnologia que será utilizada", afirma.
Ele comentou que, em caso de roubos ou outros problemas, vai ser muito bom que a população tenha o Siniav em seu carro, pois ajudará na solução da eventualidade. "Mas a tecnologia usada no chip é aberta ou fechada? Quem vai determinar o preço? É importante que todos saibam essas respostas", avalia.
Para o superintendente, o Denatran ainda precisa conversar mais com os Detrans de todo o Brasil para tornar as questões claras e também saber qual a estratégia para implantação do sistema nas cidades. "Acho os chips uma ótima iniciativa. Mas é preciso saber o custo de todo esse projeto e se a sociedade aprova todas essas mudanças", ressalta Pupo.
Além disso, ele chamou atenção para o fato de que o Departamento Nacional ainda não definiu se são os veículos novos, antigos ou os dois que vão utilizar os chips. "Se for mais uma obrigação para a qual todo mundo se prepara, mas, no outro dia, todos já esqueceram, não vai valer de nada", afirmou João Pupo.
Para o psicólogo especialista em Psicologia do Trânsito, Wagner Paiva, como um sistema de segurança, o Siniav é muito importante, principalmente nas grandes capitais. "Todos os dias, vemos relatos de furtos de veículos. Por isso, esse equipamento poderá ajudar em relação a esse problema", avalia.
No entanto, ele ressalta que é necessário que seja averiguado se essa questão não está infringindo algum direito individual dos cidadãos brasileiros.
"Ao saber que estão sendo monitoradas, é possível que as pessoas, em seu consciente e inconsciente, fiquem mais vigilantes em relação ao seu comportamento. Com isso, o número de infrações poderá diminuir", acrescentou Paiva.
THIAGO ROCHAESPECIAL PARA CIDADE
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