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sábado, 7 de julho de 2012

Helicóptero com material eleitoral derrubado

Trípoli. Um porta-voz do Conselho Nacional Líbio (CNL), disse, ontem, que homens armados derrubaram um helicóptero que levava material para a eleição, matando um funcionário da comissão eleitoral. O ataque, realizado perto da cidade de Benghazi, ocorre um dia antes das primeiras eleições no país desde a queda e assassinato do ex-ditador Muammar Kadafi, em 2011.

O porta-voz do CNL, Saleh Darhoub, disse que o ataque aconteceu quando a aeronave sobrevoava o aeroporto de Benina, na periferia de Benghazi. Ele descreveu os autores do ataque como "inimigos da revolução" e disse que a ação não vai impedir o país de realizar as eleições.

Membros da Comissão Eleitoral Líbia organizam materiais para o pleito de hoje. Cerca de três milhões de líbios estão aptos a votar no país FOTO: REUTERS

O ataque ocorreu um dia depois de ex-combatentes rebeldes do leste líbio terem fechado três refinarias de petróleo para pressionar o conselho governista a cancelar as eleições, sob o argumento de que a distribuição dos assentos entre as regiões do país é injusta.

O novo Parlamento será composto por 100 candidatos eleitos em Trípoli e no oeste do país, 60 que serão escolhidos na região que compreende Benghazi e o leste e 40 no sudoeste líbio.

As principais forças que disputam os votos são a Irmandade Muçulmana, composta por islamitas; o Al Watan que congrega salafistas e outros islamitas, a Aliança de Forças Nacionais, que é secular; a Frente Nacional, que agrega opositores veteranos de Muammar Kadafi e o partido do ex-ministro de Finanças Ali Tarhouni, de centro.

Estão aptos a votar 3,3 milhões de líbios, mas o número de eleitores registrados é de 2,9 milhões, que escolherão seus representantes entre os 3.700 candidatos, dos quais 585 são mulheres. Integrantes do regime de Kadafi não participam do pleito.

Refinaria
Grupos rebeldes fecharam três refinarias de petróleo no Leste da Líbia para pressionar o governo de transição a cancelar as eleições marcadas no país para hoje, informou Fadlallah Haroun, antigo comandante dos rebeldes líbios. Segundo Haroun, as refinarias de Ras Sedr, Brega e Sedra foram paralisadas.


DN

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