Levantamento do Sebrae, divulgado, ontem, revela que Estado só perdeu para o Piauí em formalizações
O Ceará foi o segundo estado brasileiro com maior aumento no número de microempreendedores individuais, anunciou ontem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por meio da pesquisa Perfil do Empreendedor Individual 2012. Com 111% de crescimento no período de maio do ano passado a abril deste ano, o Estado perdeu apenas para o Piauí, que liderou o ranking brasileiro com 117%. Em terceiro lugar, aparece São Paulo, com 98% de incremento em igual período. Em todo o País, 2,4 milhões de pessoas estão inseridas na modalidade.
Conforme a pesquisa, chegada de empreendimentos tem impulsionado adesões Foto: Alana Andrade
Dentre todos os estados do Brasil, o Ceará foi o décimo colocado na participação de microempreendedores individuais e o terceiro na região Nordeste, com 2,9% de atuação, ficando atrás somente de Pernambuco (3,5%) e Bahia (7,7%). Ao todo, o território cearense possui 59.824 pessoas enquadradas nesta categoria, de acordo com o estudo do Sebrae para o período levantado entre abril de 2011 e maio deste ano.
NE em alta
De acordo com a pesquisa, o Sudeste possui a maior participação no número de Empreendedores Individuais (EI) do País, com 49%, seguida da região Nordeste, com 21% de atuação. As regiões Sul (14%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7%) aparecem em seguida.
No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o percentual de EI supera o de micros e pequenas empresas, onde a segunda modalidade possui 4%, 17% e 7% nas regiões, respectivamente.
Mais emprego
De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o crescimento constatado em toda a região Nordeste se deu pelas oportunidades de trabalho geradas com os grandes investimentos públicos e também pelo aumento do consumo na região.
"Esse é um fenômeno que aconteceu na economia brasileira. O Nordeste teve um crescimento acima da média nos últimos cinco, seis anos. O PIB cresceu, em média, 4,5% e no Nordeste o índice foi maior. Isso teve um reflexo forte também no MEI. Você tem grandes investimentos públicos. No caso de Pernambuco, tem o Suape, tem também o Pecém, no Ceará. Grandes investimentos públicos geraram muitas oportunidades nestes estados. Você tem também um grande aumento de consumo nesses estados", disse.
Mulheres
Embora ainda não sejam maioria, as mulheres vêm ganhando grande participação no setor em todo o Brasil. Das principais atividades realizadas pelos microempreendedores individuais, o estudo constatou que a venda de roupas se destaca, congregando 214 mil pessoas em todo o País (10%), com um público de 75% formado pelo sexo feminino.
Os cabeleireiros aparecem em segundo lugar, com 151 mil pessoas, 7,3% de participação e um público de 75% formado por mulheres. As obras de alvenaria ficam na terceira posição, com 62 mil pessoas, 3% de participação e 3% de mulheres.
Para Barretto, a flexibilidade de horários tem motivado o público feminino ao empreendedorismo, com 46% de participação no total, sendo maioria no setor industrial (que inclui bijuterias, confecções, massas, etc), com 52% de participação, contra 48% de atuação dos homens. "A flexibilidade de horário é o maior motivo. A mulher trabalha e continua cuidando da casa, dos filhos e do ambiente doméstico", justifica.
De acordo com o presidente do Sebrae, a expectativa da instituição é que o número de empreendedores individuais chegue a 4,3 milhões até o fim do ano de 2014, com tendência a se igualar à quantidade de micros e pequenas empresas. Para este ano, segundo Barretto, a quantidade deve chegar a 2,9 milhões.
BEATRIZ SUGETTE*REPÓRTER
A repórter viajou a convite do Sebrae Nacional
No Brasil
2,9 milhões de micros empreendedores individuais até dezembro. Essa é a expectativa do presidente nacional do Sebrae, Luiz Barretto
DN
O Ceará foi o segundo estado brasileiro com maior aumento no número de microempreendedores individuais, anunciou ontem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por meio da pesquisa Perfil do Empreendedor Individual 2012. Com 111% de crescimento no período de maio do ano passado a abril deste ano, o Estado perdeu apenas para o Piauí, que liderou o ranking brasileiro com 117%. Em terceiro lugar, aparece São Paulo, com 98% de incremento em igual período. Em todo o País, 2,4 milhões de pessoas estão inseridas na modalidade.
Conforme a pesquisa, chegada de empreendimentos tem impulsionado adesões Foto: Alana Andrade
Dentre todos os estados do Brasil, o Ceará foi o décimo colocado na participação de microempreendedores individuais e o terceiro na região Nordeste, com 2,9% de atuação, ficando atrás somente de Pernambuco (3,5%) e Bahia (7,7%). Ao todo, o território cearense possui 59.824 pessoas enquadradas nesta categoria, de acordo com o estudo do Sebrae para o período levantado entre abril de 2011 e maio deste ano.
NE em alta
De acordo com a pesquisa, o Sudeste possui a maior participação no número de Empreendedores Individuais (EI) do País, com 49%, seguida da região Nordeste, com 21% de atuação. As regiões Sul (14%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7%) aparecem em seguida.
No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o percentual de EI supera o de micros e pequenas empresas, onde a segunda modalidade possui 4%, 17% e 7% nas regiões, respectivamente.
Mais emprego
De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o crescimento constatado em toda a região Nordeste se deu pelas oportunidades de trabalho geradas com os grandes investimentos públicos e também pelo aumento do consumo na região.
"Esse é um fenômeno que aconteceu na economia brasileira. O Nordeste teve um crescimento acima da média nos últimos cinco, seis anos. O PIB cresceu, em média, 4,5% e no Nordeste o índice foi maior. Isso teve um reflexo forte também no MEI. Você tem grandes investimentos públicos. No caso de Pernambuco, tem o Suape, tem também o Pecém, no Ceará. Grandes investimentos públicos geraram muitas oportunidades nestes estados. Você tem também um grande aumento de consumo nesses estados", disse.
Mulheres
Embora ainda não sejam maioria, as mulheres vêm ganhando grande participação no setor em todo o Brasil. Das principais atividades realizadas pelos microempreendedores individuais, o estudo constatou que a venda de roupas se destaca, congregando 214 mil pessoas em todo o País (10%), com um público de 75% formado pelo sexo feminino.
Os cabeleireiros aparecem em segundo lugar, com 151 mil pessoas, 7,3% de participação e um público de 75% formado por mulheres. As obras de alvenaria ficam na terceira posição, com 62 mil pessoas, 3% de participação e 3% de mulheres.
Para Barretto, a flexibilidade de horários tem motivado o público feminino ao empreendedorismo, com 46% de participação no total, sendo maioria no setor industrial (que inclui bijuterias, confecções, massas, etc), com 52% de participação, contra 48% de atuação dos homens. "A flexibilidade de horário é o maior motivo. A mulher trabalha e continua cuidando da casa, dos filhos e do ambiente doméstico", justifica.
De acordo com o presidente do Sebrae, a expectativa da instituição é que o número de empreendedores individuais chegue a 4,3 milhões até o fim do ano de 2014, com tendência a se igualar à quantidade de micros e pequenas empresas. Para este ano, segundo Barretto, a quantidade deve chegar a 2,9 milhões.
BEATRIZ SUGETTE*REPÓRTER
A repórter viajou a convite do Sebrae Nacional
No Brasil
2,9 milhões de micros empreendedores individuais até dezembro. Essa é a expectativa do presidente nacional do Sebrae, Luiz Barretto
DN
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