O crack é uma substância entorpecente devastadora do organismo, da mente e da função social da maioria dos indivíduos que ousaram experimentá-la. Em pouco tempo, o usuário de crack, torna-se um dependente e, desse modo, tem seus órgãos, pensamentos e emoções prejudicialmente alterados a partir do uso.
Tais alterações perturbam sobremaneira o comportamento levando o dependente a enfrentar a polícia ou traficantes inconsequentemente e a roubar e, até mesmo, matar pessoas desconhecidas ou não.
Diante desta problemática, surge o debate acerca do tratamento adequado para dependentes químicos, em especial, usuários de crack. Segundo orientação da política antimanicomial preconizada pelo Ministério da Saúde, o internamento é considerado a última alternativa no tratamento dos dependentes, instruções seguidas pela Prefeitura Municipal, que só recomenda a internação se o paciente não responder adequadamente ao tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial Anti-Drogas (Caps AD).
No entanto, nos casos de dependentes graves de crack, a alternativa mais responsável, abalizada por anos de tratamento especializado para dependência química é exatamente o regime de internação. O crack é uma substância que interage disfuncionalmente com o cérebro e seus neurônios, criando uma necessidade biológica que impulsiona o sujeito a usar continuamente a substância. Organicamente, a droga prejudica o lobo frontal, área do cérebro que controla o comportamento, afeta o sistema de recompensa neural, motivando o indivíduo a buscar a substância, e gera os sintomas de abstinência, criando a necessidade de aliviá-los.
Portanto, decorrem do uso fatores biológicos preponderantes a partir dos quais o arbítrio do dependente fica demasiadamente comprometido. Sendo assim, preconiza-se o regime de internação por duas razões básicas: desintoxicação e arrefecimento dos sintomas de abstinência, além do aprendizado de estratégias de enfrentamento de situações de risco e elaboração dos conteúdos psicológicos necessários ao estabelecimento das suas funções comportamentais, propiciando maior qualidade de vida quando no retorno ao convívio social.
Enfim, a modalidade de tratamento por internação não se trata, em hipótese alguma, de violação da liberdade individual, mas de responsabilidade sobre uma pessoa que já não tem posse das faculdades executivas de seu comportamento, na medida em que o cérebro desta encontra-se eminentemente perturbado pelas propriedades farmacológicas de uma das substâncias psicoativas mais prazerosas e devastadoras que a humanidade já produziu, tornando-a imprescindível para a eficácia na recuperação da maioria dos usuários de crack das ruas e residências de Fortaleza.
TAUILY CLAUSSEN TAUNAY
psicólogo, especializando em Neuropsicologia
Com a banalização das drogas, hoje qualquer um abre uma clinica para suposto tratamento de dependentes quimicos e alcoólicos, porque gera uma renda muito grande, e não tem quem fiscalize, a ANVISA ESTA MAIS CORROMPIDA DO QUE O DNIT, E OUTROS ORGÃOS DO GOVERNO, e é mais facil abrir uma clinica do que abrir uma micro empresa, eles nomeiam próprios internos para serem monitores, cuidas da alimentação, vigiar, e castigar os internos rebeldes, mantem a todos dopados para não darem trabalho, dai esses monitores são recompensados pelo uso de drogas dentro da propria clinica ou comunidade, era assim na clinica elshadai de Bragança Paulista e em muitas outras acontece a mesma coisa. Acho que os priprietarios vibram com o aumento dos viciados e dependentes.
ResponderExcluirModa e Beleza, nós do sapipa informativo apreciamos o seu comentário,agradecemos a sua participação.
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