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sábado, 9 de abril de 2011

ELA ESTÁ CAMINHANDO, ELA ESTÁ AUMENTANDO, TODO CUIDADO É POUCO AMIGOS DO BOSK

Inflação de Fortaleza é a maior do Brasil


Fonte: O POVO Online/OPOVO/Economia


Aumento dos preços em Fortaleza foi quase o dobro do índice registrado no Brasil. As famílias mais pobres, cujo orçamento é dedicado em grande parte à alimentação, são as que mais sofrem.
Fortaleza teve a maior inflação do País no mês de março, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou um aumento de 1,49% nos preços da capital cearense, enquanto no Brasil o índice foi de 0,79.


Somando a inflação dos últimos 12 meses, Fortaleza acumula uma inflação de 7,88%, cifra que ultrapassa o teto da meta estabelecida pelo Governo Federal, 6,5%. No primeiro trimestre de 2011, o IPCA acumula alta de 2,39%.


A elevação foi puxada principalmente pela categoria educação, cuja inflação saltou de 0,68% em fevereiro para 5,30% em março. O aumento vai na contramão do comportamento nacional, que desacelerou de 5,8% para 1,04% entre os dois meses.


Os mais prejudicados

Os economistas dizem que a inflação é o pior dos impostos, principalmente porque afeta mais as classes mais pobres. “A inflação é muito mais prejudicial para quem não tem condições, não tem aplicações em banco, e não pode aplicar e fugir da inflação”, diz o economista Adriano Sarquis.


O grupo alimentação e bebidas, que representa mais da metade do orçamento das classes C e D, acelerou de 1,04% em fevereiro para 2,21% em março, em Fortaleza.


No Brasil, a carne teve recuo de -1,42%; em Fortaleza, o item se manteve praticamente estável. A carne é o item que mais pesa no grupo alimentação, e devia ter registrado redução de preço no mês de março, segundo o supervisor técnico do Dieese, Reginaldo de Aguiar.


A categoria transporte, que havia desacelerado em fevereiro (de 1,55% para 0,46%) foi inflacionada em 1,56% em março e voltou a atormentar o consumidor. O maior responsável pelo aumento nos preços do grupo foi o etanol, cuja inflação foi 10,78% no mês, e influenciou a variação do preço da gasolina, que foi de 0,50% para 1,97%.


Fortaleza teve também a maior inflação no índice INPC, que mede aumento entre famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos. O INPC em março para Fortaleza foi de 1,45%, enquanto no País foi 0,6%.


POR QUE ? - ENTENDA A NOTÍCIA

As medidas adotadas pelo Governo na tentativa de pôr a inflação no centro da meta para o ano, (4,5%), ainda não surtiram efeito. Especialistas dizem que o País precisa aumentar capacidade de produção.


André Teixeira - andretb@opovo.com.br
fonte:  Jornal O Povo


VEJA TAMBEM


Histórico do Quadro Inflacionário no BrasilOs índices de inflação no Brasil são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumir são o INPC, aplicado a famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos)e o IPCA, aplicado para famílias que recebem um montante de até quarenta salários mínimos.



Até 1994 a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo Banco Central através da política monetária que segue o regime de metas de inflação.


Gráfico inflação no Brasil entre 1930 e 2005Década de 1930 = média anual de 6%;


Década de 1940 = média anual de 12%;


Década de 1950 = 19%


Décadas de 1960 e 1970 = 40%


Década de 1980 = 330%


Nota = Entre 1985 e 1994 as taxas da inflação no Brasil foram altas.


Entre 1990 a 1994 =média anual de 764%


Entre 1995 a 2000 = média anual de 8,6%


Ano de 2004 = 7,60%


Ano de 2005 = 5,69% (IPCA): limite máximo na meta oficial = 7%; objetivo do governo = 5,1%;


Especificamente, temos o seguinte quadro inflacionário pelo IPCA cheio, no período 1998-2009:






1998 = 1,65%


1999 = 8,94%


2000 = 5,97%


2001 = 7,67%


2002 = 12,53%


2003 = 9,3%


2004 = 7,6%


2005 = 5,69%


2006 = 3,14%


2007 = 4,46%


2008 = 5,90%


2009 = 4,31%


2010 = 5,91%


A moeda nacional do Brasil mudou de nome várias vezes, principalmente nos períodos de altos índices de inflação. Na maioria das renomeações monetárias, foram cortados três dígitos de zero, estratégia esta que impediu que um quilo de carne custasse cerca de quatro milhões de unidades da moeda vigente, por exemplo.






Até 1942: Real (Réis)


De 1942 a 1967: cruzeiro


De 1967 a 1970: cruzeiro novo


De 1970 a 1986: cruzeiro


De 1986 a 1989: cruzado


De 1989 a 1990: cruzado novo


De 1990 a 1993: cruzeiro


De 1993 a 1994: cruzeiro real e Unidade Real de Valor (URV)


De 1994 até hoje: Real

Obs. A inflação acumulada girou em torno de 22,21% no período de 2007 a 2010.
fonte IBGE, outros

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