HOJE É DIA DE RECORDAR A LIBERDADE DE IMPRENSA
Cidade do Vaticano, 03 mai (RV) - Comemora-se hoje, pela vigésima vez, o Dia Mundial da liberdade de imprensa, uma data instituída por um grupo de jornalistas reunidos em Windhoek, na Namíbia. Naquela ocasião, foi escrita uma Declaração para proteger os princípios fundamentais da liberdade de expressão, assim como estabelecido na Declaração universal dos direitos humanos.
O tema deste Dia mundial da liberdade de imprensa é “A mídia no século XXI: Novas fronteiras, novas barreiras” e a data será assinalada em mais de cem países.
As Nações Unidas e a Organização para a Educação, Ciência e Cultura divulgaram uma mensagem lamentando que o panorama da mídia nas últimas duas décadas se tornou irreconhecível, embora o objetivo permaneça o mesmo: promover a liberdade de expressão como fundamento da dignidade humana e pedra fundamental da democracia.
Durante a última década, mais de 500 jornalistas perderam a vida enquanto trabalhavam. A Ásia é uma das regiões mais mortíferas para jornalistas no exercício da profissão: ali morreram 40 profissionais somente no ano de 2010. Em segundo lugar encontra-se a América Latina, com 32 mortes. 16 repórteres morreram no Paquistão enquanto 15 foram assassinados na África Sub-Sahariana e 8 no Médio Oriente e no Norte de África. Na Europa foram mortos sete repórteres: Rússia (2), Bielorrússia (1), Bulgária (1), Grécia (1), Turquia (1) e Letônia (1).
Nosso tempo é marcado por um grande paradoxo, pois graças ás novas tecnologias, sempre mais pessoas podem compartilhar informações e trocar opiniões. Ao mesmo tempo, contudo, estão surgindo novas ameaças, porque a cada dia emergem novas medidas para interditar, filtrar e censurar informações.
As organizações internacionais defendem, na mensagem desta edição, a importância de intervir para defender a integridade e a segurança dos jornalistas da Internet. A cada semana, blogueiros são vítimas de violências e intimidações, violações que não podem ficar sem resposta.
Em todo o mundo, segundo balanço da ‘Freedom House’ em 196 países, 35% dos Estados teriam imprensa livre, 33% parcialmente livre e 32% não livre. Isso significa que de cada 6 pessoas no planeta, apenas um vive com uma imprensa livre.
Marcado por seminários e debates em muitos países, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa reúne hoje em São Paulo militantes de direitos humanos, cientistas políticos, economistas e jornalistas no 2º Fórum Democracia e Liberdade - que o Instituto Millenium promove na Faap, em Higienópolis, entre 9 e 18 horas. A iraniana Mina Ahadi, conhecida por sua defesa da compatriota Sakineh Ashtiani - que esteve ameaçada de morrer por apedrejamento - é uma das convidadas ilustres. Lá estará, além dela, o presidente da Human Rights Foundation, Javier El-Haje.
fonte: rádio vaticano
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