Hoje em dia não se compra nada sem um código de barras. Eles se tornaram tão comuns e frequentes que nem reparamos mais. Mas de onde surgiu essa ideia?
A ascensão do código de barras começou com um problema fundamental: a necessidade das indústrias de lerem milhões de dados de forma extremamente rápida.
As primeiras pessoas a resolverem esse problema foram dois estudantes da Universidade de Drexel, que emitiram uma patente em 1952 para um símbolo que poderia ser lido em qualquer direção.
O alvo eram as mercearias (mercadinhos), mas a tecnologia necessária para lê-lo, francamente, não era das melhores: embora os inventores fossem capazes de entender o que as linhas significavam, eles não conseguiram criar um scanner que fizesse o mesmo. E a ideia de uma nova tecnologia para apressar a leitura de dados era justamente tirar os seres humanos desse processo.
Então, a ideia dos mercados ficou para depois. Hoje, com o ritmo frenético do comércio moderno os códigos são bem úteis, mas 50 anos atrás não era um negócio grande o suficiente para fomentar seu avanço tecnológico.
Outra indústria, no entanto, precisava disso com mais urgência: a ferrovia. Quando o seu negócio depende da necessidade de identificar o proprietário de um trem rasgando de um ponto no horizonte, rótulos rapidamente digitalizados são produtos dos sonhos.
Então, em 1959, dois pesquisadores, David Collins e Chris Kapsambelis, aceitaram o desafio. Eles chamaram seu sistema de KarTrak. A configuração era essa: uma luz de xenônio branca refletia em luzes vermelhas, brancas e azuis coladas no lado de vagões ferroviários. Um sensor de dados fazia uma medição da largura de cada barra e identificava os trens.
Apenas cinco anos após a invenção, todos os comboios norte-americanos eram obrigados a ter o sistema. Infelizmente, ele foi abandonado quase tão rapidamente. O custo de manter as luzes de xenônio e o treinamento dos condutores dos trens era muito caro.
Entretanto, outras indústrias e países estavam de olho na tecnologia para demais aplicações. Os varejistas voltaram a comprar a ideia, não apenas para saber o preço dos produtos de forma rápida, mas também porque os códigos de barras diziam aos donos, em tempo real, quais produtos estavam voando das prateleiras.
Novamente, a digitalização da tecnologia ainda era um pouco ruim. Quando David Collins (do KarTrak) não conseguiu encontrar o que precisava para ler suas barras, ele o inventou. Colocou um laser e tudo estava certo: era perfeito para o código de barras – rápido e preciso.
O primeiro sucesso da tecnologia veio quando a General Motors usou o sistema para identificar motores e eixos na sua linha de montagem; as linhas que utilizaram os códigos tinham menos erros. Também era muito barato por um adesivo em alguma coisa.
Fabricação rápida e eficiente é um benefício para as empresas, então não demorou para o código de barras virar um tremendo sucesso. Montadoras concorrentes, cadeias alimentares, setores de saúde e mesmo a indústria da arte começaram a usar códigos de barras.
De alguma forma ou de outra, essa belezura também ajuda a sua vida a ser mais rápida e eficiente. Então, da próxima vez em que estiver digitalizando algo, agradeça a todas essas pessoas pelo código de barras.
ESG
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