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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uruguai vence Paraguai por 3 a 0

Time uruguaio tornou-se o maior campeão da competição, com 15 vitórias, uma a mais que a Argentina.

  Diego Fórlan, do Uruguai, comemora o segundo gol contra o Paraguai, na final da Copa América - 24/07/2011 (Bernadino Ávila/EFE)
Coadjuvante no futebol mundial e até continental nos últimos anos, o Uruguai voltou a ter brilho internacional no ano passado, com o quarto lugar na Copa do Mundo de 2010 e confirmou o protagonismo neste domingo ao vencer o Paraguai por 3 a 0 no estádio Monumental de Nuñez e conquistar o título da Copa América.

Foi o 15º título continental da Celeste, que agora tem um a mais que a Argentina, é a maior vencedora da história da competição de maneira isolada e, de quebra, se garantiu na Copa das Confederações de 2013, no Brasil. Mesmo jogando em casa, Lionel Messi e companhia caíram justamente para os campeões nas quartas de final.

Numa final que não teve os argentinos nem a seleção brasileira, o Paraguai, algoz da equipe do técnico Mano Menezes, também nas quartas, foi um mero espectador, principalmente no primeiro tempo, e viu um gigante consolidar o seu ressurgimento em uma tarde inspirada dos atacantes Luis Suárez, que fez um gol e foi vice-artilheiro da Copa América, com quatro, e Diego Forlán, que quebrou um jejum de 12 jogos sem marcar com a camisa celeste balançando a rede duas vezes.

O dia foi mesmo especial para o camisa 10, que deu sequência a uma dinastia: seu avô, pai de sua mãe, e seu pai também foram campeões continentais. Além disso, ele confirmou a condição de maior artilheiro da seleção de seu país, com 31 gols.

O início de jogo em Buenos Aires foi um verdadeiro massacre uruguaio, e uma polêmica surgiu logo aos dois minutos do primeiro tempo. Após a cobrança de escanteio, Lugano cabeceou para linda defesa do goleiro Villar, que, no entanto, rebateu em cima de Coates. O zagueiro finalizou e o paraguaio Ortigoza lembrou o adversário Luis Suárez nas quartas de final da Copa do Mundo, contra Gana, tirando com a mão. O árbitro brasileiro Salvio Spínola mandou seguir.

O lance não abalou a Celeste, que continuou em cima e fez o primeiro gol aos 11 minutos. Forlán lançou na área e encontrou Suárez, que tirou a marcação e chutou rasteiro. A bola passou por Villar, bateu no pé da trave e entrou.

Encolhido até então, o Paraguai se arriscou no campo de ataque pela primeira vez ao 15 minutos, quando Vera fez o lançamento nas costas da zaga para Valdez, que pegou de primeira e encobriu o travessão.

O que se viu nos minutos seguintes foram muitas jogadas ríspidas, e Salvio foi obrigado a conter a violência distribuindo quatro cartões amarelos em 15 minutos. O Uruguai seguia tendo mais a bola, mas Villar teve alguns instantes de descanso.

Até que aos 31, Suárez enfiou ótima bola para Forlán, que acelerou pelo meio e invadiu a área, mas parou na ótima saída do camisa 1 paraguaio, que evitou que o Bola de Ouro da última Copa chutasse.

Aos 35, o próprio Suárez colocou entre as pernas de Verón, entrou na área pela direita e concluiu na rede, mas pelo lado de fora. Um minuto depois, o jogador do Liverpool cruzou na medida para Forlán, que acertou um belo sem pulo para defesa firme de Villar.

O arqueiro paraguaio, porém, não conseguiu evitar o segundo gol aos 41 minutos, graças principalmente à falha de Ortigoza, que perdeu a bola para Arévalo na entrada da área. O ainda jogador do Botafogo rolou para Forlán, que soltou a bomba de perna esquerda e ampliou, quebrando o incômodo jejum.

A vantagem de dois gols não deixou o time do técnico Oscar Tabárez relaxar na volta do vestiário. Aos sete minutos do segundo tempo, Suárez desarmou Da Silva e tentou servir Forlán, mas Marecos esticou o pé e colocou para escanteio.

Um minuto depois, o lance mais perigoso dos paraguaios no jogo até então. Ortigoza descolou ótimo lançamento para Valdez, que chutou de primeira, sem deixar cair. A bola caprichosamente carimbou o travessão, e a zaga celeste afastou em seguida.

Os comandados de Gerardo Martino passaram a conseguir ficar com a bola, mas tinha dificuldades para reagir, e quando chegava ao ataque, encontrava uma defesa bem postada e um goleiro seguro. Aos 16, Piris desceu pela esquerda e cruzou forte para a área, buscando Riveros. Muslera se antecipou e defendeu firme.

Os treinadores mexeram bastante nas equipes. Com isso, o Uruguai se colocou mais na defesa, e o Paraguai foi ganhando terreno. Aos 27, Hernán Pérez, que Martino colocou no lugar de Cáceres, arrancou no meio e tocou para Valdez, que não alcançou.

Cada vez menos presente no campo de ataque, a Celeste esteve perto de fazer o terceiro um minuto depois. Cavani errou o passe para Forlán, mas a bola chegou até Eguren, que se antecipou à zaga e deu um leve toque. Depois de desvio no meio do caminho, Villar caiu e fez uma linda intervenção.

Num último suspiro, meio que no desespero, Marecos ganhou no meio e arriscou de muito longe, mas encobriu a meta, aos 33. Para piorar, aos 39, Lucas Barrios sentiu uma lesão muscular, teve que deixar o gramado e não pôde ser substituído, já que o Paraguai já havia feito as três alterações.

A última pá de terra sobre os paraguaios veio aos 44, em um contra-ataque puxado pelo trio de ferro da Celeste, que só não brilhou mais em território argentino porque Cavani se machucou logo no segundo jogo, contra o Chile. O atacante do Napoli serviu Suárez, que rolou para Forlán. O camisa 10 bateu na saída do goleiro e assinalou o 3 a 0.

Depois disso, bastou esperar o apito final e comemorar o primeiro título da seleção uruguaia desde a conquista da Copa América de 1995, em casa, quando o Brasil foi derrotado na final.


Ficha técnica:.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Coates e Martín Cáceres (Godín); Pérez (Eguren), Arévalo Ríos, Álvaro González e Álvaro Pereira (Cavani); Forlán e Suárez. Técnico: Oscar Tabárez.

Paraguai: Villar; Verón, Da Silva, Marecos e Piris; Ortigoza, Riveros, Vera (Estigarribia) e Cáceres (Hernán Pérez); Valdez e Zeballos (Barriso). Técnico: Gerardo Martino.

Árbitro: Salvio Spínola (Brasil), auxiliado por seu compatriota Marcio Santiago e pelo chileno Francisco Mondría.

Cartões amarelos: Pérez, Martín Cáceres, Maxi Pereira e Coates (Uruguai); Cáceres e Vera (Paraguai).

Gols: Suárez e Forlán (2x) (Uruguai).


fonte:Veja

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