'Trata-se de uma bomba-relógio', diz dirigente próximo a Andrés Sanchez. 'Mais cedo ou mais tarde você sabe que algo ruim vai acontecer'
A nova confusão em que o jogador Adriano se envolveu alimenta a desconfiança de dirigentes corintianos que já se mostravam insatisfeitos com o rendimento do atacante nesta temporada. "Não vou julgar se o Adriano foi vilão ou vítima nesse último acontecimento. A questão é que se trata de uma bomba-relógio", diz um dos cartolas mais próximos ao presidente licenciado e responsável pela contratação do atleta, Andrés Sanchez. "Mais cedo ou mais tarde você sabe que algo ruim vai acontecer."
Na madrugada do último sábado, um tiro disparado dentro do carro do jogador atingiu o dedo indicador da mão esquerda da jovem Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, na saída de uma boate na zona oeste do Rio de Janeiro. Adriene diz que o atacante foi o responsável pelo tiro. Adriano e três testemunhas sustentam que foi a própria vítima quem fez o disparo acidental no momento em que brincava com a arma. A jovem vai passar por uma cirurgia na terça-feira, e a expectativa é de que ela recuperará todos os movimentos da mão.
Contrato - Na manhã do último sábado, ao ser informado do ocorrido no Rio de Janeiro, a primeira reação de Sanchez foi entrar em contato com Adriano para saber se o jogador estava bem. Em seguida, o dirigente colocou toda a estrutura jurídica do clube à disposição do atleta. Horas depois, no entanto, o cartola não escondeu o seu descontentamento com o comportamento de Adriano. Sanchez é um dos mais insatisfeitos no Parque São Jorge com o rendimento do atacante.
O contrato de Adriano com o Corinthians termina na metade de 2012. Na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante marcou seu único gol no torneio, que garantiu a vitória sobre o Atlético Mineiro, no Pacaembu. À época, cogitou-se a possibilidade de estender o vínculo do atleta com o clube. Porém, ao que tudo indica, se tiver a intenção de ficar no Corinthians por um tempo maior, Adriano terá de se dedicar muito no primeiro semestre, principalmente durante a disputa da Libertadores, para convencer a diretoria de que o investimento vale a pena.
(com Agência Estado)/Veja
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