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segunda-feira, 26 de março de 2012

Bundas e um poema para animar

Eu gosto tanto de bunda que pesquisei até se já existia um poema que falasse de tal. E achei, ainda por cima de um dos mais célebres escritores: Carlos Drummond de Andrade.


A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
redunda.

E como eu gosto demais mesmo da tal da bunda, separei mais algumas dessas maravilhas para vocês.
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Ummmmm mais que coisa mais linda, isso é que é obra de arte. Parabens.

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