A casa onde nasceu o ex-líder está com estruturas degradadas. O forro cedeu e portas e pisos estão precários
Ser o 26º presidente do maior País da América do Sul e assumir o comando da Nação em um momento conturbado de sua política fez o cearense de Fortaleza, acostumado a encarar desafios, marechal Humberto de Alencar Castello Branco, entrar para a história do Brasil. Ele foi o único presidente da República nascido no Estado.
Avenida, rua, monumento, museu, residência onde nasceu e aviões que participaram diretamente do acidente que ocasionou seu falecimento ajudam, ainda hoje, passados exatos 48 anos do estabelecimento do Golpe Militar do dia 31 de março de 1964, a preservar a memória de quem trilhou uma trajetória marcada também pelo início de um Regime Militar que durou 21 anos.
E foi a caracterização desse período, iniciado pelo presidente da República cearense, que deixou marcas na vida de milhões de brasileiros. Esse fato, porém, não impede que seja reconhecido o feito alcançado por Castello Branco de conduzir, durante o período em que esteve governando o País, de 15 de abril de 1964 a 15 de março de 1967, uma Nação que viveu transformações política, econômica e social.
Embora preservadas, as "peças" que constituem os marcos da memória de Castello Branco no Estado precisam ser melhor cuidadas. Um exemplo de abandono total é a residência onde nasceu, em 20 de setembro de 1900, esse cearense ilustre. A casa é situada na Rua Solon Pinheiro, 38, em frente ao Parque das Crianças, Centro da cidade.
O imóvel, pertencente à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), encontra-se com estruturas degradadas. O forro cedeu. Portas e piso estão em estado precário. A casa é hoje habitada por viúva e filhos de um ex-funcionário do órgão há mais de 35 anos. Em 1972, o Estado inaugurou o mausoléu à memória do cearense, incluindo-o no conjunto de edificações do Palácio da Abolição. Hoje, o equipamento necessita de reparos. No 23º BC encontra-se exposto, precisando de restauração (já providenciada), o avião bimotor que, em 18 de julho de 1967, foi atingido pelo caça da FAB, causando a morte de Castello Branco. A Secult e Casa Civil foram procuradas, mas os contatos não se efetivaram.
fonte: DN
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