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domingo, 22 de abril de 2012

Como conquistar a chave da casa própria


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Juros acessíveis, prazos elásticos, de até 30 anos, e mais bancos oferecendo o crédito têm facilitado o acesso
Mesmo com o crescente acesso ao crédito imobiliário e a elevação do nível de renda da classe C no Brasil nos últimos anos, sair do aluguel e conquistar a chave da casa própria ainda é o sonho de muitos. Especialistas financeiros, porém, indicam que o melhor caminho é equilibrar receitas e despesas antes de assumir esse compromisso. O próximo passo é pesquisar para decidir qual a modalidade de compra e planejar o investimento.

Hoje ficou mais fácil adquirir um imóvel. É possível comprar a casa própria por meio de financiamento bancário com juros acessíveis e prazos elásticos de até 30 anos. Para quem possui economias próprias, tem algum imóvel para reinvestir e não quer se comprometer com tantas prestações, outra alternativa é negociar direto com a construtora. Se não houver pressa, o consórcio imobiliário pode ser também uma boa opção.

Crédito pulverizado
De acordo com o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, há cerca de cinco anos, quando não havia tanta facilidade de crédito, o financiamento próprio de construtoras representavam 80% das vendas de imóveis residenciais no Ceará. Os 20% restantes eram financiados pela Caixa.

Atualmente, com o crédito imobiliário pulverizado em vários bancos, redução de juros e a crescente ascensão da população de baixa renda, as construtora passaram a investir mais em empreendimentos populares, transferindo a maior parte dos financiamentos para o setor financeiro.

"Hoje 90% dos financiamentos de imóveis são feitos com os bancos. Os autofinanciamentos são pontuais, respondendo por apenas 10% do total", afirma.

Montenegro fala que, em geral, as construtoras não têm estrutura para administrar recebíveis e manter um sistema de cobrança. Ao passo que, com o banco, o construtor não arca com essa responsabilidade e ainda recebe o pagamento a vista. Além disso, ele diz que "o autofinanciamento é ruim para a construtora porque compromete o capital de giro".

Dentre as 550 empresas associadas ao Sinduscon-CE, ele garante que não há nenhuma que trabalhe exclusiva ou prioritariamente com autofinanciamento.

"A não ser quando o pagamento é a vista ou em no máximo de três a seis vezes. Nesse caso, quem não quer vender parcelado?", pergunta.

Vantajoso
Conforme o empresário da construção, tanto para o construtor como para o consumidor, o financiamento bancário é hoje muito mais vantajoso. Além de prazos maiores e prestações menores, financiar a casa própria por meio de crédito bancário oferece mais segurança.

"Os bancos só fecham contratos se a construtora estiver bem de vida e dentro da legalidade. É mais seguro e mais barato. No autofinanciamento as construtoras geralmente praticam juros com base no IGP-M + 1%. O resultado dessa equação é sempre mais caro dos que juros oferecidos pelos bancos", garante. Segundo Montenegro, "o construtor que não estiver habilitado a trabalhar com financiamento bancário está fora do mercado."

ÂNGELA CAVALCANTEREPÓRTER

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