Rio - A Justiça decretou a prisão temporária por trinta dias do principal suspeito de ter matado um cabo do Batalhão de Choque na Rocinha, na última quarta-feira. Edílson Tenório de Araújo, de 42 anos, que possui duas anotações criminais, passa a ser considerado foragido.
No pedido feito pela Divisão de Homicídos, os investigadores usam como indício da autoria do crime a munição encontrada na mochila com documentos do suspeito, que é do mesmo calibre da que atingiu o PM Rodrigo Alves Cavalcanti.
No pedido feito pela Divisão de Homicídos, os investigadores usam como indício da autoria do crime a munição encontrada na mochila com documentos do suspeito, que é do mesmo calibre da que atingiu o PM Rodrigo Alves Cavalcanti.
Cabo Alves foi enterrado com honras militares: salva de tiros e banda da PM | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
A partir, desta sexta-feira, o policiamento na Rocinha passará a contar com 643 agentes da PM. A decisão da Secretaria de Segurança em aumentar o efetivo – antes de 350 policiais - foi resultado da série de assassinatos registrados na comunidade. Nos últimos dois meses, foram nove crimes.
PMs suspeitos de dar fuga a traficante
Cinco militares do 23º BPM (Leblon) são investigados pela Corregedoria Geral Unificada (CGU), sob a suspeita de participação em planos de fuga da quadrilha de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-chefão do tráfico na comunidade de São Conrado, preso em novembro por policiais do Batalhão de Choque, mesma unidade do cabo Alves.
Desde a ocupação, nove pessoas foram assassinadas na disputa de bandidos pelo domínio do território ocupado pela PM. Em janeiro, um sargento e quatro cabos do batalhão do Leblon foram punidos com até dez dias de prisão pelo comando da unidade. Em investigações, foi identificado que três deles, mesmo de folga ou fora do horário de serviço, estavam na favela, enquanto que outros dois também circulavam pela comunidade, mas fora de seus postos, no dia 10 de novembro.
Na data, marco do início do processo de pacificação, foram presos Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, chefe do tráfico no Morro de São Carlos, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, com outros dois comparsas. Eles estavam sendo escoltados pelo policiais civis Carlos Daniel Ferreira Dias, então lotado na Delegacia de Saúde Pública; Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves, da Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; o PM reformado José Faustino Silva e o ex-PM Flávio Melo dos Santos. Todos foram presos em flagrante.
A fuga dos bandidos valeria R$ 2 milhões. No mesmo dia 10 de novembro, Nem também foi preso, dentro da mala de um carro acobertado por advogados. Na ocasião, o bandido revelou que boa parte do seu lucro ia para o bolso de policiais corruptos. Agora, a CGU quer saber se o grupo de cinco PM punidos com prisão administrativa estava envolvido com a fuga de bandidos da quadrilha de Nem.
Preso suspeito da morte de policial
Quatro pessoas foram presas ontem na Rocinha pelo Batalhão de Choque, uma delas suspeita de participar do assassinato do cabo Alves. Os PMs chegaram à localidade 199 — onde o militar foi morto — através de informações repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177). Segundo a polícia, o preso Denilson Franklin Lima Virgílio, o Treta, seria um dos seguranças do traficante Inácio de Castro Silva, o Canelão, que dominaria a parte alta da favela.
“Temos informações de que ele participou do ataque em que o policial foi morto”, contou o cabo William da Silva Ribeiro. Na casa de Treta, foi encontrada granada numa embalagem de perfume. A mulher dele também foi presa.
Segundo a delegada da 14ª DP (Leblon), Flávia Monteiro de Barros, a presa tentou esconder o artefato em uma gaveta. O casal foi indiciado por porte ilegal de explosivo. Em outra casa, foram presos homem identificado como Meteoro e a mulher dele. Na cozinha, havia 27 papelotes de entorpecentes.
A polícia continua à caça de Edilson Tenório de Araújo, apontado como assassino do policial militar. Carros da polícia circulam pela favela com a foto do criminoso.
Cinco militares do 23º BPM (Leblon) são investigados pela Corregedoria Geral Unificada (CGU), sob a suspeita de participação em planos de fuga da quadrilha de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-chefão do tráfico na comunidade de São Conrado, preso em novembro por policiais do Batalhão de Choque, mesma unidade do cabo Alves.
Desde a ocupação, nove pessoas foram assassinadas na disputa de bandidos pelo domínio do território ocupado pela PM. Em janeiro, um sargento e quatro cabos do batalhão do Leblon foram punidos com até dez dias de prisão pelo comando da unidade. Em investigações, foi identificado que três deles, mesmo de folga ou fora do horário de serviço, estavam na favela, enquanto que outros dois também circulavam pela comunidade, mas fora de seus postos, no dia 10 de novembro.
Na data, marco do início do processo de pacificação, foram presos Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, chefe do tráfico no Morro de São Carlos, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, com outros dois comparsas. Eles estavam sendo escoltados pelo policiais civis Carlos Daniel Ferreira Dias, então lotado na Delegacia de Saúde Pública; Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves, da Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; o PM reformado José Faustino Silva e o ex-PM Flávio Melo dos Santos. Todos foram presos em flagrante.
A fuga dos bandidos valeria R$ 2 milhões. No mesmo dia 10 de novembro, Nem também foi preso, dentro da mala de um carro acobertado por advogados. Na ocasião, o bandido revelou que boa parte do seu lucro ia para o bolso de policiais corruptos. Agora, a CGU quer saber se o grupo de cinco PM punidos com prisão administrativa estava envolvido com a fuga de bandidos da quadrilha de Nem.
Preso suspeito da morte de policial
Quatro pessoas foram presas ontem na Rocinha pelo Batalhão de Choque, uma delas suspeita de participar do assassinato do cabo Alves. Os PMs chegaram à localidade 199 — onde o militar foi morto — através de informações repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177). Segundo a polícia, o preso Denilson Franklin Lima Virgílio, o Treta, seria um dos seguranças do traficante Inácio de Castro Silva, o Canelão, que dominaria a parte alta da favela.
“Temos informações de que ele participou do ataque em que o policial foi morto”, contou o cabo William da Silva Ribeiro. Na casa de Treta, foi encontrada granada numa embalagem de perfume. A mulher dele também foi presa.
Segundo a delegada da 14ª DP (Leblon), Flávia Monteiro de Barros, a presa tentou esconder o artefato em uma gaveta. O casal foi indiciado por porte ilegal de explosivo. Em outra casa, foram presos homem identificado como Meteoro e a mulher dele. Na cozinha, havia 27 papelotes de entorpecentes.
A polícia continua à caça de Edilson Tenório de Araújo, apontado como assassino do policial militar. Carros da polícia circulam pela favela com a foto do criminoso.
Agência O Dia
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