Enfim o tão falado 2012 chegou. Esse ano simbólico pode ser mais um na história da civilização humana ou o início de uma nova era. O mundo vai ou não acabar em 2012, como dizem as especulações? De uma forma ou de outra, a própria Bíblia diz que o dia e a hora para o apocalipse, só o "Pai" sabe.
Existem várias interpretações para essa data e, como há inúmeras leituras sobre a temática, o Esotérico vai abordar algumas delas durante as cinco terças-feiras de janeiro na série "Previsões para 2012".
Começamos com a visão dos maias, cujo calendário tem provocado interpretações equivocadas. Segundo o historiador e pesquisador de culturas ancestrais Ka Ribas, esse povo desenvolveu mais de 20 calendários. "O que se encerra em 21 de dezembro de 2012 é o chamado calendário de contagem longa, que registra 13 baktuns (grandeza de tempo maia), que correspondem a cerca de 5.200 anos solares", diz. Segundo ele, os calendários são instrumentos de contagem do tempo e "não dizem nada".
Porém, dentro da visão do mundo indígena e maia, em particular, o tempo é cíclico e cada final sempre gera outro. Assim, a humanidade já vivenciou cinco grandes eras. "Grandes ciclos de tempo ou eras se alternam, sendo o momento de transição de um ciclo a outro um período crítico de profundas transformações", diz o historiador.
Esse calendário maia teve início no ano 3113 a.C. (na contagem cristã) e encerra-se em 21 de dezembro de 2012, assim como um calendário gregoriano que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro. "Os maias deixaram apenas o registro do ciclo de 13 baktuns, incluindo aí seu encerramento. Isso não quer dizer que não haverá a contagem de um novo ciclo longo, de mais 5.200 anos, a partir de 22 de dezembro de 2012", explica.
Os povos mesoamericanos relatam que esses períodos de transição são sempre marcados pela destruição, como se fossem o fim do mundo, pois aniquilavam tudo o que não cabia no novo ciclo, segundo Ribas. "Porém, sempre havia sobreviventes e algo que resistia à destruição, pessoas que teriam a responsabilidade de criar um novo mundo", diz.
Segundo os maias, a partir de 22 de dezembro de 2012 entraremos no sexto Sol e as mudanças pelas quais a humanidade vai passar estão acontecendo. "É preciso muito esforço e energia para não enxergar isso, mas os maias e outros povos indígenas, que viveram em harmonia com a natureza e seus ciclos, têm como regra que tudo está em movimento e caminha para o equilíbrio". Para Ribas, nessa "dança cósmica", o reequilíbrio pode acontecer a partir de "profundas mudanças e o caos".
Segundo ele, a Terra está se regenerando e, para fazer parte dela, é preciso que os seres humanos mudem radicalmente seus paradigmas, valores, hábitos e posturas. "Ou acompanhamos a evolução do planeta ou corremos o risco de nos transformar, como ocorreu com os dinossauros, em fósseis", diz o historiador.
Para Ribas, a nova era promete evolução para o planeta e prosseguimento da vida: "A questão fundamental é se nós, seres humanos, vamos fazer parte dessa festa ou se, ao contrário, iremos, estupidamente manter uma estrutura arcaica".
Exceção. Tulum é um sítio arqueológico raro e o único lugar onde os maias edificaram na praia
CONSCIÊNCIA
Mudança de mentalidade
Para Fernando Malkún, um dos maiores especialistas em cultura maia, houve um "pânico coletivo absurdo" de que os maias teriam anunciado que o mundo iria acabar em dezembro de 2012. Segundo ele, os maias nunca usaram a palavra "fim", mas anunciaram "um momento de mudança, de grande aumento de energia do planeta, o que causaria ‘eventos de destino’, isto é, definitivos, nas pessoas".
Entretanto, ele considera que o problema se deve ao nível de consciência da maioria das pessoas que interpreta o fim, mas não a "transformação de consciência", disse ele em entrevista concedida a María Paulina Ortiz, na web Islam.
Para Malkún, a mudança já está acontecendo. "As pessoas não estão juntando todas as peças do quebra-cabeça para perceber isso. Acreditam que os eventos atuais são causados por um conjunto de ‘coincidências’ evolutivas. Mas estamos em uma onda de mudanças como nunca antes", comenta.
Além disso, a profecia maia anunciou que o planeta aumentaria sua frequência vibracional. De fato, de 1992 até os dias de hoje, os polos de Marte desapareceram 60%, e Vênus tem, atualmente, quase o dobro de luminescência.
"O número de terremotos aumentou 425%. Nosso cérebro, que irradia suas próprias ondas, é afetado por essa maior irradiação do sol, motivo pelo qual sentimos o tempo mais rápido", diz. (AED)
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