Semana Santa - Quilo do peixe fresco deve subir até 29%

Peixes mais procurados durante a Semana Santa, como Cavala e Pargo, podem ficar até R$ 5,00 mais caros

O fortalezense que já acha elevado o valor do pescado deve preparar o bolso para um reajuste ainda maior. É que, segundo comerciantes do Mercado do Peixe da praia do Mucuripe, até a Semana Santa o preço de alguns tipos de pescado deve subir até 29,4%, em decorrência da elevada demanda durante o período.

"Os preços, de certa forma, já estão elevados. Para se ter uma ideia, um peixe pequeno como a Cioba está custando R$16,00, o quilo", admite o comerciante Wilker Amería.

Segundo ele, o estoque ainda está reduzido e só deve voltar a crescer durante os dias que antecedem a Semana Santa, em que os católicos tradicionalmente consomem mais esse tipo de carne. "Atualmente, algumas espécies mais procuradas, como o Pargo e a Cavala, estão em falta. Só temos peixes menores adquiridos de jangadas", diz.

Além da Cioba, Wilker tinha disponível ontem mais três tipos de peixe em seu box: Biquara (R$ 12,00/kg), Guaiuba (R$ 13,00/kg) e Guarajuba (R$ 15,00/kg).

"Inevitável"

Com o maior volume de procura pelo produto durante a Semana Santa, os comerciantes de peixes da Beira-Mar são quase unânimes em declarar que o aumento é inevitável durante o período. É o caso de Sibério dos Anjos, que usa o exemplo de um dos peixes mais buscados no período para ilustrar o futuro reajuste. "Juntamente com a Cavala, o Pargo, seja ele médio ou grande, é o peixe mais demandado durante a Semana Santa. Atualmente o quilo desta espécie custa, em média, R$ 17,00 e este valor deve ficar até R$ 5,00 mais caro até o mês de abril, quando acontece o feriadão", explica o comerciante.

Vendas devem ser boas

Apesar da majoração de até 29,4% prevista por Sibério, o comerciante ainda afirma que a expectativa é que até 300 quilos dos mais diversos tipos de peixes sejam comercializados durante a Semana Santa, somente no seu box do Mercado do Peixe. "As vendas podem ser ainda maiores se os preços não subirem tanto quanto prevemos" comenta.

"Acredito que durante a Semana Santa, as pessoas não se importam em gastar um pouco mais a fim de seguir as tradições de sua religião. Por isso, devemos nos concentrar apenas em disponibilizar um produto de qualidade para que os clientes fiquem satisfeitos e não deixem de comprar", acrescenta.

Camarão e Lagosta

Segundo o comerciante Luiz Vitório, mais conhecido como Pelé, os preços do camarão e da lagosta não devem subir para o referido período.

fonte: DN