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sábado, 3 de março de 2012

Produto feito em plástico pode causar obesidade


Um composto químico utilizado em diversos produtos plásticos e no forro de produtos alimentícios enlatados e que já havia sido ligado ao aumento nos riscos de câncer agora foi relacionado ao ganho de peso e ao diabetes. Segundo os pesquisadores, até mesmo quantidades ínfimas do produto podem desencadear uma reação no corpo que atrapalha os sinais hormonais. Um relatório publicado recentemente na revista científica "PlosOne" indica que o composto químico bisfenol A (BPA) - usado desde em fertilizantes até em garrafinhas de plástico - pode enganar as células do corpo, estimulando-as a armazenarem mais gordura. Além disso, o acúmulo do composto no organismo influencia o aumento da produção de insulina, impedindo o corpo de regular a quantidade de gordura e de carboidratos. Se o corpo começa a criar muita insulina, ele pode se tornar imune aos efeitos do hormônio - o que leva ao ganho de peso e ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. O especialista em BPA Angel Nadal, professor da Universidade Miguel Hernandez, na Espanha, e principal autor do estudo, afirma que, quando comemos algo que contém o BPA, é como se estivéssemos mandando uma mensagem para os órgãos de que comemos muito mais. A pesquisa indica que o BPA afeta o pâncreas, o órgão que cria a insulina. Mesmo quantidades pequenas do composto podem desencadear a liberação de quase o dobro da insulina necessária para a digestão dos alimentos. A equipe de Nadal descobriu que apenas um quarto de um bilionésimo de um grama de BPA já desencadeia a reação. Outros estudos estimam que 90% dos habitantes de países desenvolvidos possuam níveis elevados - acima do recomendado pelo estudo do pesquisador - de BPA no sangue. Segundo o cientista, o risco é alto, principalmente para gestantes e bebês em processo de gestação. Segundo o cientista, o feto não só é exposto diretamente ao produto como também vive em um ambiente com níveis elevados de insulina, o que o prejudica ainda mais. Diversos estudos já relacionaram o uso de bisfenol A ao desenvolvimento de câncer de próstata e de mama. Outras pesquisas em testes de laboratório indicaram que o composto afeta as funções cerebrais de camundongos.

OTEMPO

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